Max Payne e seu famoso “bullet time” são marcos na história dos games e, às vésperas do lançamento do seu terceiro game, vale conhecer um pouco sobre Max e como sua odisséia pessoal começou.
Max Payne (2001)
Um policial renomado tem sua família brutalmente assassinada dentro da própria casa, esposa e filha – ainda bebê, por viciados pela droga Valquíria. A maioria dos homens nessa situação iria acionar a polícia e esperar… Esperar por alguma notícia de quem poderia ter cometido tamanha crueldade e por que. Mas esse homem, com certeza, não se chamaria Max Payne.

Max jurou a si mesmo que iria encontrar os responsáveis pelo assassinato da sua família e que droga seria essa “Valquíria” e quem estaria por trás da sua produção e distribuição. Por conta disso, ele começou a trabalhar no departamento de narcóticos da polícia de Nova Iorque.
Enquanto Max investigava a máfia infiltrado sob disfarce, Alex – que também era policial e seu amigo – consegue encontrar provas sobre o crime contra a família de Payne, mas é morto por B.B., um ex-policial corrupto que tem ligações com o assassinato da mulher e filha de Max.
A máfia se volta contra Max Payne, que vê sua vida ser transformada num inferno ainda maior que já estava. E para piorar, a própria polícia – liderada por Jim Bravura – passa a persegui-lo como criminoso.
O jogo
Criado pela desenvolvedora finlandesa Remedy Entertainment, Max Payne passou um bom tempo em produção. O jogo é um shooter em terceira pessoa que teve o estilo cinematográfico e coreográfico claramente inspirado em filmes de ação de Hong Kong, mais precisamente no trabalho do diretor John Woo. Como em vários filmes de Woo, Max Payne é repleto de tiroteios belíssimos de se ver e de jogar, esta parte talvez seja ainda melhor.
O ambiente estilo “noir” e, por vezes, sombrio do jogo – além das cutscenes em quadrinhos e trilha sonora digna de filmes de gangsters do tipo “O Poderoso Chefão” são alguns dos ingredientes que fazem com que o título seja uma experiência que valha jogar.
Max Payne tem sim alguns pontos baixos, como o baixo número de puzzles e muita linearidade, mas esses aspectos passam até despercebido no conjunto da obra. Afinal, não é sempre que você começa um jogo de ação excepcional e original como esse, que não é apenas diferente de todos os outros jogos de tiro feitos na época, mas também – em muitos aspectos – é até superior.

Gameplay e o famoso bullet time
O jogo tem muitas qualidades. mas uma das principais é a forma com que ele é jogado. É muito fácil se entender com os controles e estes, por sua vez, são simples e respondem rápido ao comando. Você usa o teclado para fazer com que Max corra em qualquer direção e usa o mouse para usar as armas.

A perspectiva da câmera em terceira pessoa capta um ângulo bem próximo as costas de Max e dá ao jogador uma boa noção do seu entorno, que é importante já que – em diversas situações – você terá que se mover cuidadosamente por ambientes infestados de inimigos.
Por padrão, o botão esquerdo do mouse atira a arma que estiver equipada e o botão direito ativa o “bullet time” (tempo da bala, em tradução livre). Esta é uma habilidade especial, que por um tempo limitado, coloca tudo a volta em câmera lenta, como em “The Matrix” (1999) – filme de ação e ficção-científica. No entanto, o “bullet time” não afeta os sentidos de Max que, aproveitando-se que tudo está mais lento, consegue mirar com mais precisão e dar muito mais dano aos inimigos.
Max Payne 2: The Fall of Max Payne (2003)
A principal diferença entre Max Payne 2 e seu antecessor envolve mais as circunstâncias do seu desenvolvimento do que novidades do game design em si. O jogo original sofreu com vários atrasos de lançamento e passou anos sendo produzido. No entanto, Max Payne foi um excelente jogo de ação que realmente valeu a pena o tempo de espera.

Enquanto um levou um bom tempo em produção, Max Payne 2 foi entregue no prazo e sem atrasos. A sequência não trouxe grandes novidades em relação ao primeiro game, mas, desde que você o jogue sem esperar reviravoltas mirabolantes na história, o jogo não irá desapontar.
Max Payne 2 faz uma conexão direta com os eventos finais do jogo anterior. Na sequência, que está cheia de referências ao primeiro game, Max – agora um detetive e ainda mais descrente do mundo – mais uma vez se vê envolvido em um novo mistério quando se vê inevitavelmente atraído por Mona Sax, que é suspeita de assassinato e parte de uma trama ainda maior que, de certa forma, tem ligação com o passado sombrio de Max.
Bullet time mais apurado

Ao contrário do primeiro jogo, Max não fica mais lento ao se agachar enquanto o bullet time estiver ativo. Agora, conforme ele mata os inimigos, seu medidor de BT não apenas se regenera, mas ele muda da cor branca para amarela. Quando isso acontece, o tempo se move ainda mais devagar que antes, enquanto Max se move ainda mais rápido.
Depois de você ter matado vários inimigos em sequência, e seu medidor ficar amarelo, você irá se mover praticamente mais rápido do que em qualquer outro momento do jogo, deixando seus adversários completamente indefesos diante de você.
Max Payne – O Filme (2008)
Já não é novidade para ninguém que adaptar um jogo de sucesso para o cinema é sempre um desafio, que não necessariamente termina como o esperado. Em 2008, o diretor John Moore encarou a missão de trazer a melhor experiência possível de Max Payne para a telona, mas nem ao menos o ator de “Os Infiltrados” Mark Wahlberg conseguiu salvar a produção de alguns furos.
Mas o filme não é horroroso (o que fizeram sobre o anime Dragon Ball, em Dragon Ball Evolution, ficou muito pior), Max Payne é um bom longa de ação, com direito a cenas de bullet time para agradar aos fãs, o clima noir do game, o protagonista sofrendo com seu passado, mas a história se perdeu ao tentar demonstrar as principais características do jogo e virou uma espécie de thriller alucinógeno em que anjos da morte (alusão a droga Valquíria) invadem a realidade dos viciados.

O que esperar de max payne 3
A série caiu como uma luva nas mãos da Rockstar, que já é velha conhecida por desenvolver jogos com protagonistas anti-heróis, controversos e – na maioria das vezes, perturbados. Agora Max está 12 anos mais velho, mas parece que seus reflexos estão mais ávidos do que nunca.
O bullet time, marca registrada da franquia, está lá novamente e, segundo pessoas afortunadas que já tiveram o prazer de testar um pouco o game, Max Payne 3 capta a essência dos jogos anteriores e acrescenta muito mais ação. Bom, se tem Rockstar no meio as expectativas são as melhores possíveis.
Max Payne tem uma serie de frases filosoficas que ele fala durante o jogo (dificil de perceber, pois o jogo é em ingles.)
As minha preferidas são:
''Não sei quanto aos anjos, mas é o medo que da asas ao homem.''
''Apague minhas chamas com gasolina.''
''Eu estava tentando fazer meu show, enquanto as cortinas ja haviam fechado.''
''Em um pesadelo, qualquer escolha que você faça é errada.''